Os shoppings desempenham um papel significativo na vida dos consumidores goianos. Os centros servem como muito mais do que apenas pontos de compras, atuando ativamente como locais de lazer, convivência e experiências variadas procuradas por muitos públicos.

Nos últimos anos, o cenário econômico e urbano brasileiro sofreu verdadeiras transformações por conta do crescimento exponencial do setor de shoppings. Refletindo os pináculos da sociedade moderna, onde o dinamismo, o desenvolvimento e a facilidade são questões de suma importância, esse fenômeno foi capaz de redefinir a forma como os cidadãos consomem.

Quanto ao impacto no mercado varejista e na economia do país, sua popularidade é comprovada por meio da receita: de acordo com o Censo Brasileiro de Shopping Centers 2023-2024 da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), só em 2023, os centros bateram um recorde de faturamento de R$ 194,7 bilhões.

No contexto econômico de 2025, porém, marcado por um aumento do custo de vida, endividamento familiar e redução do poder de consumo, o comportamento dos costumeiros consumidores de shoppings reflete uma combinação de cautela, busca por valor e preferência por qualidade.

Os cidadãos estão mais seletivos com suas compras, planejando com cuidado e reduzindo a máxima de aquisições por impulso. Por outro lado, nem sempre a opção mais barata é a escolhida, especialmente quando um item não oferece eficiência ou durabilidade. Cerca de 85% dos consumidores afirmam que pagariam mais por produtos de qualidade comprovada, evitando frustrações e a sensação de desperdício, de acordo com levantamento da Negócios SC de 2024.

Esse cenário mostra que a percepção de valor vai além do preço: o consumidor está disposto a gastar mais quando vê vantagens reais, seja em funcionalidade, durabilidade ou experiência.

A confiança nas marcas também é um ponto-chave. Embora a fidelidade tenha diminuído devido à facilidade de comparar preços e alternativas, as marcas tradicionais ainda são vistas como escolhas seguras. Isso é especialmente importante em um cenário onde os compradores tentam maximizar cada centavo gasto.

Junto disso, muito além da aquisição, a experiência adquiriu um novo grau de importância. Mesmo em tempos de contenção de despesas, os consumidores goianos esperam interações positivas e convenientes. Ambientes agradáveis, atendimento de qualidade e serviços como estacionamento acessível e boas opções de alimentação são fatores decisivos para criar uma experiência satisfatória.

O PERFIL DOS CONSUMIDORES GOIANOS NO SHOPPING

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comportamento de consumo

Os hábitos de compra variam de acordo com os setores. O levantamento da KIM do ano passado mostra que, nas lojas de departamento, visitadas por 52% dos cidadãos no último ano, os consumidores priorizam preços acessíveis, variedade de marcas e boas condições de pagamento.

Redes como Americanas, Riachuelo e Renner lideram a preferência. Já no segmento de moda, 76% compraram roupas e acessórios, com itens como camisas, chinelos, sandálias, shorts, bermudas, jeans e tênis sendo os mais procurados.

Já o setor de beleza também acumula uma popularidade expressiva: 34% dos consumidores adquiriram produtos de higiene ou cosméticos em 2024, e 89% acreditam que vale a pena pagar mais por itens de boa qualidade. Para esse público, a predileção está em compras em lojas de shopping, com 40% optando por esses espaços, seguidos por 28% que compram online.

Outro segmento relevante é o de alimentação, com 50% dos consumidores visitando redes de fast food no último ano. Marcas como McDonald’s, Burger King e Giraffas estão entre as preferidas, especialmente para refeições rápidas ou pedidos para viagem, representando 73% do consumo.

frequência e motivações

A frequência das visitas ao shopping também é um indicador de como esses espaços são valorizados. O relatório da KIM revela que:

• Heavy users:  37% frequentam o shopping semanalmente ou de 2 a 3 vezes por mês;
• Medium users: 49% visitam a cada 2 ou 3 meses;
• Light users: 14% comparecem apenas 1 ou 2 vezes por ano.

Entre os motivos que levam os consumidores a irem ao shopping, a busca por lazer e socialização se destaca. 72% foram ao cinema nos últimos 6 meses, reforçando a importância do estabelecimento como espaço de entretenimento. Além disso, fatores como localização (50%), atendimento (55%) e variedade de marcas (55%) são altamente valorizados, enquanto elementos como estacionamento e horários de funcionamento têm menor impacto.

insights relevantes

No geral, os hábitos de consumo do público goiano em shopping centers revelam os seguintes casos:



• Afinidade com datas comemorativas: 89% dos consumidores gastam mais em eventos como Natal, Dia das Mães e Black Friday, grandes oportunidades para as marcas capturarem a atenção desse público;
• Valorização de produtos nacionais: 72% preferem comprar produtos locais ou nacionais quando possível;
• Aparência e autocuidado: Moda e beleza continuam sendo categorias prioritários para os goianos, com alta adesão a itens de vestuário e cosméticos;
• Fidelidade a marcas de confiança: Quando os consumidores encontram uma marca que gostam, 76% tendem a ser leais, destacando a importância de criar uma conexão forte com o público.

Com isso, é possível inferir que shoppings continuam sendo espaços estratégicos para marcas e varejistas. Investir em qualidade, experiências diferenciadas e atendimento excepcional é essencial para conquistar o consumidor goiano, que, mesmo em tempos de contenção de despesas, valoriza compras que realmente agreguem valor ao seu cotidiano.